quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


Da janela

Da janela vejo as pessoas passarem ,
Vejo do outro lado da rua os risos, sorrisos, em qual deles acreditar?
Segundo aprendi, sorrisos são espelhos d’alma... talvez nem sempre
Consigamos enxergar os sorrisos... mas senti-los é inevitável.
Da janela... vislumbro também a lua... trocamos
Um silêncio que diz muito, às vezes vale por mil palavras...
E logo chega o sol para “abrir” o dia, e da minha janela esse movimento
Torna-se algo mágico e inexplicável... porque quero sentir o dia e seus sorrisos.
Por vezes... fechar a janela é preciso, Não deixar a luz entrar, não ver os vizinhos...
A lua e o sorriso, e mesmo assim... saber que eles existem.
Mas o que de fato vale a pena... o que importa?
Viver vai além das janelas...
É como sentir os raios de sol a tocar nossa pele,
Também é por vezes o silêncio da lua em transição...
Alguns dias abri-la parece inútil, pois nada consegue ultrapassar os limites da aparente estrutura forte e impenetrável, é nesse mesmo momento que devemos ser fortes e compreender que o dia não nasce inutilmente... e tão pouco a lua escurece o mesmo dia em vão, aprendi isso, vivendo por trás das janelas e muitas vezes abrindo portas...
Sei que ainda é preciso aprender aceitar os sorrisos das flores... e o riso amargo de meias verdades...
Fechar a janela e abrir as portas, talvez seja um bom começo... ou fim.
Não importa... ou importa?
Não quero apenas passar por ela... viver sempre é um (re) começo.

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